20 março, 2015

I don't want to grow up...


São 4:19h e aqui estou eu, na minha cidade universitária a escrever. Lembrei-me de uma pessoa que conheço desde que me recordo. Ela é pouco mais velha do que eu, tem 19 anos feitos há pouco tempo. Houve uma altura das nossas vidas em que nos aproximamos mais uma da outra e, embora nunca tenhamos sido melhores amigas, fomos grandes amigas. Vi-a há uns tempos e se não soubesse as suas feições de cor nem a tinha reconhecido. Cabelo pintado, roupa à menina crescida e, claro, salto alto. Mas afinal o que se passou com aquela rapariga com quem me dei durantes anos que se vestia de uma forma muito simples, que dizia “não” às influências da moda e que não queria crescer? Desde que foi para a universidade que tem mudado muito, tornou-se mais adulta, quis crescer. Sim, é preciso. Chegamos a um certo ponto da nossa vida em que somos obrigados a crescer, quer queiramos quer não, mas eu não acho que a universidade seja um critério para crescer desta forma. Eu estou a ficar mais velha (é inevitável), mas eu não mudei o meu estilo para “menina adulta” só porque agora ingressei na universidade, até porque isso não faz de mim uma “menina adulta”. Aqui ando eu toda aborrecida por fazer anos, por estar a ficar mais velha, a usar roupa mais-do-que-simples, a fazer o que gosto, a não seguir as modas… e vejo pessoas da minha idade a quererem ser mais do que aquilo que são. Isto deixa-me a pensar… não devia, mas a verdade é que deixa, porque me faz confusão, porque não percebo o porquê de quererem apressar a sua vida desta forma. Faz-me confusão as meninas crescidas, visto que “meninas crescidas” só se aplica à aparência, se lhes vasculharmos a personalidade só encontramos autênticas crianças imaturas e mimadas.

2 comentários:

  1. Crescer é mesmo inevitável e acho que é saudável acompanharmos essas mudanças de modo a que tudo conjugue bem. Mas é importante não apressarmos o processo nem nos querermos achar mais do que aquilo que somos, não são as aparências que nos fazem evoluir. Os nossos gostos e a nossa maneira de ver algumas coisas também mudam, mas a nossa essência tem que continuar igual.

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  2. Adoro a tua forma de escrever, adoro a tua perspetiva!
    Segui! :)

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Faz-me sentir que és única(o) pela beleza, pureza e sinceridade das palavras que transmites. Escreve com o coração e deixa-o encaminhar as mãos às teclas certas.