03 setembro, 2010

A relatividade do perdão ;




Sentada na areia macia da praia, olhando para o céu procurava a lua, mas desta vez ela não estava presente no meu ponto de vista.
Imaginava como seria criar o meu próprio mundo, onde só entraria quem fosse capaz de me fazer feliz, quem não me traísse e quem não fosse cruel. Entraria apenas quem eu quisesse que entrasse e desprezaria todos os que me fizeram crescer, todos os que para obter esse objectivo me fizeram sofrer. Não foi com boas intenções que me fizeram afundar na mágoa, e mesmo que fosse, eu nunca seria capaz de os perdoar.
Enquanto o meu mundo estava a ser construído nas profundezas da minha imaginação, apareceu alguém que não reconheci de imediato devido à escuridão em que estava envolvido, mas aproximando-se de mim, a luz das estrelas iluminaram-no e para meu descontentamento era ele. Nos últimos dias não parara de me atormentar com as suas aparições e pelos vistos, esta foi mais uma. Começou a falar comigo, mas eu mantive-me calada até que ele me agarrou pelos ombros e me abanou, farto do meu silêncio. Olhei-o com desprezo, peguei na minha toalha e fui embora sem dizer uma única palavra. Ele foi atrás de mim, insistindo para que falasse com ele, mas eu não estava com disposição para iniciar um diálogo com quem me traiu, e virei costas. Como era seu hábito, ele desistiu o que para mim foi óptimo.
Procurei uns rochedos, longe dele, longe daquele acontecimento. Desdobrei a minha toalha e sentei-me na areia macia mas fria, até que uma vontade inesperada de mergulhar nas águas negras da noite, me invadiu. Levantei-me, e aproveitando o facto de estar de biquíni, mergulhei nas águas gélidas do oceano que naquela noite me cercava. Quando a água se preparava para me congelar saí e sentei-me na toalha a sentir a brisa quente daquela noite.
Olhei para o relógio e já se fazia tarde. Peguei nas minhas coisas e quando o fiz, um pequeno pedaço de papel caiu nos minuciosos grãos de areia. Peguei, li e apenas dizia: ‘Desculpa!’. Sabendo de quem era, amachuquei o inocente papel e procurei uma saída para poder voltar para casa.
Até agora, não o perdoei e tenciono não o fazer.

Aparte: aproveito para agradecer à pessoa simpática que anda a fazer-me chamadas em privado. Deve ser só mesmo para me ouvir dizer 'Oláá!'. Mais uma vez, obrigada pela importância (:

35 comentários:

  1. E é assim mesmo meu amor.
    Orgulho-me de ti(:

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  2. adoro o teu blog e aquilo que escreves , a imagem ficou bem bonita aqui +.+
    e gosto muito de falar contigo <3

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  3. Não merecemos todos uma segunda oportunidade?! *

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  4. Adorei o texto...
    Sempre escrevendo muito bem... parabéns.

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  5. Quando por vezes passamos por situações assim (menos boas) o nosso coração nem sempre quer perdoar de rompante quem nos fez mal, dá-lhe tempo a ele e sobretudo a ti. Se achares que não deves perdoar mesmo, deves seguir em frente e mais adiante saberás se essa foi a decisão mais acertada para ti.
    Força minha querida *

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  6. tens ali um grande questionário, já me doem os olhos de tanto ler ;b
    gostei *

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  7. Está um texto muito bonito, da para ver que foste tu que escreveste.

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  8. Esse texto faz-me lembrar algo que fiz.

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  9. Limitei-me a dizer o que pensava minha querida. Mas se é isso que sentes e achas que é o melhor para ti, é isso que deves levar a avante sem qualquer espécie de medo ou temor.
    Dizem que o tempo cura tudo mas não, ficam sempre marcas por muito pequenas que sejam, mas cabe-nos a nós não pensar nelas e ir seguindo em frente, vivendo novos momentos.

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  10. Custa perdoar, mas quem fica mais magoada é sempre quem sente a dor, por isso perdoa, nem que seja para a tua alma descansar melhor... e com isso não quer dizer que "voltes"... perdoa-te!!!

    Beijinhos doces***

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  11. amei *
    está simplesmente perfeito!

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  12. oh tontinha *.*
    nao precisas agradecer :)

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  13. oh amor, está tão maravilhoso *.*

    adorei <3

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  14. então podes estar descansada, não tas seca :o
    sigo*

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  15. ' aquela história já estava a espera há muito para que acabasse e era algo que queria, não aguentava mais a dor e a ferida era enorme, acabou e agora é tentar seguir .

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  16. ' muito obrigada :$
    adoro os teus textos *.*

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  17. ' de nada querida , é a verdade :)

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  18. como eu sempre disse escreves muito bem +.+
    e tens futuro nisto eu acredito em ti, nos teus textos!
    amo-te (:

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  19. o teu blog fascina-me *
    decidi oferecer-te um selo, vai ao meu blog (:

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  20. você realmente tem o dom das palavras.

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  21. sim , e mesmo isso que vou fazer . e a distancia nao vai mesmo ser um problema , eu nao vou deixar , nem ele , de certeza <3

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  22. amei *.*
    gostei imenso do teu blog , beatriz e segui ;b

    " até agora nao o perdoei e tenciono nao o fazer " - faço destas palavras as minhas :s

    gostei memso *.*

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Faz-me sentir que és única(o) pela beleza, pureza e sinceridade das palavras que transmites. Escreve com o coração e deixa-o encaminhar as mãos às teclas certas.