
Às vezes dou por mim a ler textos que já
foram escritos há algum tempo. Textos tão simples e, ao mesmo tempo, carregados
de tanto significado. Lembro-me de cada momento, de cada segundo e de cada
pormenor descrito neles. Tenho vários textos escritos para pessoas que, embora
já não façam parte da minha vida, já cá estiveram. Quando os leio sinto uma
espécie de nostalgia e também um certo tipo de raiva. Pergunto-me muitas vezes
porquê que vocês tiveram de me deixar e porquê que não cumpriram com a promessa
do “para sempre”? Estaria a mentir se dissesse que é a primeira vez que as
lágrimas teimam em cair. Porque não é. Não é a primeira vez e não será a
última.